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DETECTOR DE MENTIRA

Além de trazer carros preparados, FULLPOWER vai verificar o poder de fogo dos modelos avaliados em dinamômetro. Trata-se de um equipamento que indica a potência, torque, velocidade máxima e outros dados de um carro sem que ele saia do lugar. A cada mudança no motor - uma troca de giclê ou remapeamento na injeção eletrônica, por exemplo - o dinamômetro indica ganhos ou perdas de per- formance. A eficiência é tanta que muitos preparadores já descobriram as vantagens de utilizar o equipamento, caso de Ernani Rhein Gonçalves da oficina Motor Trade, de São Paulo. Segundo Rhein, "além de não termos pista para acertar o motor, o dinamômetro permite ajustes rápidos, com segurança. Com a potência que os preparadores tiram dos motores hoje, não dá para ficar testando carro na rua."
Nas medições de FULLPO WER, teremos dois "dinos" à disposição: um deles é um Dynojet de Amir Efraim (especialista em dinamômetros) e o outro um Mustang de Ronald Funari, preparador especializado em chips de injeção eletrônica.
Ambos dinamômetros são de rolo, ou seja, não é preciso tirar O motor do compartimento e colocar numa bancada para medir. Os rolos do dino fazem a leitura através do movimento das rodas e, com uma acelerada desde a marcha-Ienta até o limite de giro – em terceira marcha, por exemplo -, sabe-se o rendimento "na roda" (exatamente o mesmo que se tem na rua ou na pista).
Num dinamômetro de bancada, por exemplo, a potência indicada sofre uma perda devido à transmissão do movimento do motor até as rodas. Um motor longitudinal, por exemplo, gira perpendicularmente em relação ao movimento das rodas - essa simples troca já provoca perdas. Além disso, os componentes de ligação entre o motor e as rodas também prejudicam o aproveitamento. Segundo Funari, as perdas ficam em torque e/ou potência conforme a cerca de 20%. Ou seja, um motor de 100 cavalos na bancada, rende perto de 80 cv na roda.

Informações em tempo real: durante a aceleraçao o dlno marca velocidade, rotação e mostra as curvas de torque e potência.


MEDIÇÃO

Para fazer a medição, deve-se çolocar a(s) roda(s) que traciona(m) em cima do rolo (como se estivesse entrando num lava-rápido) e prender o carro com cintas de nylon - que agüentam até 3.000 kg de carga - nos ganchos chumbados no chão ou no próprio no dinamômetro. Apenas duas rodas ficam nos rolos pois a maioria dos veículos no Brasil tem tração dianteira ou traseira (na Europa, onde os 4x4 são comuns, existe dinos com quatro rolos). Depois de prender o carro, basta conferir a pressão dos pneus e acionar o computador para inserção de dados como medida dos pneus utilizados, motor e peso do modelo da avaliação e mandar ver. Geralmente os testes são feitos em terceira marcha, partindo de giro bastante baixo e subindo até o limite de rotação. A avaliação é feita como partindo de um semáforo: Sai em primeira e segunda marchas devagar, porém em engatar terceira é pé no fundo para que a rotação atinja seu limite o mais rápido possível. Depois de cada acelerada, um gráfico na tela do computador mostra a curva de torque e/ou potência conforme a programação no computador. Baseando-se na curva, pode-se fazer acertos diferentes do ponto de ignição, mistura ar/combustível... para obter o melhor rendimento em diversas faixas de rotação.

Amir diz que muitos preparadores que participam de provas de arrancadas gastam horas no dino para mandar bem na pista. “O acerto é mais rápido, fácil e seguro” diz o especialista, que em uma hora de teste no dinamômetro já ajudou muito preparador a ganhar corrida.

ABERTO AO PÚBLICO

Além dos preparadores,qualquer um pode utilizar o dinamômetro da Dynojet, desde que o motor não passe dos 1.200 cv de potência! A locação do equipamento fica em cerca de R$ 200/hora. Já o Mustangão do Ronald é para uso exclusivo do preparador, que testa as receitas de seus chips especiais. Além de Ronald, apenas a FULLPOWER tem acesso ao dino, para medir os carros que aparecem em cada edição.